Variabilidade
Características:
O projecto de uma cidade não corresponde ao desenho de um projecto de edifícios. Contudo não existe cidade alguma, antiga ou nova, que tenha permanecido como foi projectada. Um bairro de outrora está hoje modificado, reconhecendo-se nele, mais tarde, as modificações que a vida forçosamente lhe imporá.
Estas modificações deram-se em todas as épocas. Naturalmente que isso aconteceu lentamente, desde a antiguidade até à revolução industrial, enquanto hoje se processa uma variação extraordinariamente rápida:
Verifica-se uma tal transformação, que algumas das antigas casas subsistem, enquanto outras mudam de função, muitas são demolidas e o que resta sofre uma total transformação.
A história destas várias transformações ocorridas no decorrer dos séculos determinou a forma das cidades em planta e perfil. Neste aspecto, não foi possível levar-se a cabo o conceito ideal de uma obra de arte completamente acabada. Felizmente.
O que confere beleza à imagem de uma cidade é apenas o encanto dos planos que no decurso da história se sobrepuseram e entreteceram[1], produzindo misturas, acasos aparentes, fragmentos, ruínas, etc.
O efeito óptico destas variações sobre a abundância das formas é inesperado, descritivo, sensível, e desenvolveu-se desde a fundação da cidade até hoje.
Como temos de reconhecer que não construímos para a eternidade, é necessário que ao planear seja prevista desde o início a constante modificação a que as nossas obras estão sujeitas.
O efeito psicológico reside essencialmente, para a nova geração, na abertura às variações da sociedade e paralelamente às da cidade construída; e para as gerações mais velhas consiste muitas vezes na recordação nostálgica do passado, na história vivida da cidade.
in: MAUSBACH, Hans; Urbanismo Contemporâneo, Lisboa, Editorial Presença, 1981, pp. 159 - 161
[1] entrelaçaram
Características:
O projecto de uma cidade não corresponde ao desenho de um projecto de edifícios. Contudo não existe cidade alguma, antiga ou nova, que tenha permanecido como foi projectada. Um bairro de outrora está hoje modificado, reconhecendo-se nele, mais tarde, as modificações que a vida forçosamente lhe imporá.
Estas modificações deram-se em todas as épocas. Naturalmente que isso aconteceu lentamente, desde a antiguidade até à revolução industrial, enquanto hoje se processa uma variação extraordinariamente rápida:
Verifica-se uma tal transformação, que algumas das antigas casas subsistem, enquanto outras mudam de função, muitas são demolidas e o que resta sofre uma total transformação.
A história destas várias transformações ocorridas no decorrer dos séculos determinou a forma das cidades em planta e perfil. Neste aspecto, não foi possível levar-se a cabo o conceito ideal de uma obra de arte completamente acabada. Felizmente.
O que confere beleza à imagem de uma cidade é apenas o encanto dos planos que no decurso da história se sobrepuseram e entreteceram[1], produzindo misturas, acasos aparentes, fragmentos, ruínas, etc.
O efeito óptico destas variações sobre a abundância das formas é inesperado, descritivo, sensível, e desenvolveu-se desde a fundação da cidade até hoje.
Como temos de reconhecer que não construímos para a eternidade, é necessário que ao planear seja prevista desde o início a constante modificação a que as nossas obras estão sujeitas.
O efeito psicológico reside essencialmente, para a nova geração, na abertura às variações da sociedade e paralelamente às da cidade construída; e para as gerações mais velhas consiste muitas vezes na recordação nostálgica do passado, na história vivida da cidade.
in: MAUSBACH, Hans; Urbanismo Contemporâneo, Lisboa, Editorial Presença, 1981, pp. 159 - 161
[1] entrelaçaram
A capacidade de construir é
ResponderEliminaraprender com a sua experiência,
será um factor de crescente
importância para o desenvolvimento
dos seus mecanismos de
aperfeiçoamento,
tornando-se efectivamente em novas civilizações.
Magda Fonseca
(TSHT01)